Por: Rosangela
Nascimento[1]
Convido você, mulher negra a
realizar uma reflexão, é importante se despir, desnuda-se, livrar-se de qualquer fardo ou preconceito.
Será que estamos preparadas para todo e qualquer tipo de discriminação? Tive
que realizar está pergunta para mim mesma, pois palavras como empoderamento,
resiliência e ressignificar, fazem parte do universo feminino, principalmente
quando se tratam do enfrentamento as violências.
Ao passar, olham teu cabelo,
tua cor, e os rótulos vão aparecendo e segue te acompanhando, e sendo propagado
de forma absurda, ao ponto de você mesma se questionar. O que está acontecendo?
Muitas de nós passamos por situações similares, todos os dias. Não preciso está
na pele de ninguém para sentir a dor causada por ações discriminatórias, mas é
preciso ter a sensibilidade para perceber até onde vai uma ação negativa,
criada com base de “achismos”. Empatia, essa é a palavra de efeito, que traduz
tudo para este momento, a capacidade de se colocar no lugar do outro ou outra. Difícil?
Até demais! Mas os simpáticos, os que abrem um enorme sorriso em nossa frente,
podem até nos abraçar, e não conseguirão se mantiver, pois a incoerência ela, logo,
logo denúncia quem são de verdade, a intenção aqui não de atacar ou boicotar
alguém, sim de provocar uma reflexão diante de algumas posturas e práticas que
são recorrentes, caracterizado por Racismo, assim desencadeando outras violências,
causando danos morais e psicológicos.
Como o racismo nunca agi de
forma isolada, e ganha à proporção de acordo com a vítima, aqui cabe às
palavras empoderamento, resiliência e ressignificar, para resumir “fortalecida”,
o fortalecimento tem que ser constante, como regar uma flor todos os dias,
aguardando a primavera para mostrar exuberância, chame e beleza, isto acontece
quando o olhar não se encontra bloqueado, repleto de estereótipos. E atingir
este nível, é estar militando verdadeiramente, pois percebe tudo em sua volta
de forma humana, e longe de qualquer preconceito. Enquanto seres humanos,
estamos tentando nos curar deste grande mal, apreender e aprender a ser,
acolher, a desejar o melhor para as pessoas que se encontram no nosso entorno.
As mulheres negras, em busca
de “fortalecimento”, produzem rodas de diálogo para não permitir que nada
passe, por este circulo, por esta barreira humana e repleta de solidariedade,
pois são partilhadas muitas dores e a escuta é sempre ativa, esse tem sido o antídoto
utilizado para coibir o racismo, para seguir a luta, punhos erguidos sempre.
Uma fortalece a outra, uma sobre puxa a outra, o companheirismo se solidifica a cada
ciclo renovado. Dizer não ao racismo é renegar todas as formas de violências, não permita que seu olhar seja contaminado!
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