terça-feira, 11 de junho de 2013

LUCIANO SANTANA



























Luciano Santana - 33 anos, natural da Cidade de São Paulo, Poeta, Estudante do Curso de Graduação em Comunicação Social, habilitação: Relações Públicas, participa de movimentos culturais afro-brasileiros, entre eles: Afoxé Omô Nilê Ogunjá e Maracatu Leão Coroado, amante da arte de fotografar e da MPB.

A TUA PROCURAAndei da 1º de Março
Até a 17 de Agosto
A tua procura...

Voltei pra 7 de setembro
Passei no Pátio de São Pedro
Fiz uma vista ao Mercado de São José
A tua procura...

Acordei no Recife Antigo
Fui até Boa Viagem para dar bom dia ao sol
A tua procura...

Retornei ao Centro do Recife
Tomei um banho no meu Rio Capibaribe
A tua procura...


SÃO JOÃO

Sandália de couro
Chinelo quebrado
Chapéu de palha
Camisa listrada

Sanfoneiro tocando
Zabumbeiro marcando
Triangueiro vibrando

Fogueira queimando
Milho
Canjica
Pamonha

São João anuncia
Menina bonita
Escondida
Fazendo simpatia
Escrevendo poesia


RECADO

O samba é negro
Não tem preconceito
Veio de longe
E chegou pra ficar

Mora no morro
No alto da telha
Tem a cara do povo
E todos devem sambar


LEMBRANÇAS

Sinto falta
Daquele cheiro de bom dia
Daquele abraço de despedida
Daquele olhar carinhoso
Das juras de amor
Dos passeios no centro do Recife
Av. Conde da Boa Vista,
Cais de Santa Rita,
Rua de Santa Rita,
Mercado de São José,
Pátio de São Pedro...
Dos elogios que tanto me fazem bem
Dos almoços nos bares da cidade que foram tantos
Das posses sensuais
Da foto em P&B
Da peça íntima na cor vermelha que ficou na lembrança
Do calor do seu corpo,
Meu travesseiro já não agüenta mais de tanta saudade...

COLETIVOS

São 6h da manhã...
A cidade acorda,
Bom dia!
Homens,
Mulheres,
Crianças...
Em busca de uma vida melhor
Lotam os coletivos
É gente de um canto a outro,
Com muito cuidado pra não perder o lugar do pé.
“Coletivos...”

SAUDADES

São tantas cordas e retalhos
Poemas e poesias
Confete e serpentina
Que saudade dos antigos carnavais
Aurora
Imperatriz

SOLIDÃO

Sozinho
Deitado no sofá

Acompanhado pelo meu violão
Boa música

S O L I D Ã O

Solidão eterna

Solidão que não tem fim...


A bela foto em preto e branco estampada na parede
O velho livro com duas páginas rasgadas
Dois banquinhos na varanda
O seu cantinho na rede
As chaves continuam caídas ao chão
Mudaram as estações

SOLIDÃO

Sozinho
Deitado no sofá

Acompanhado pelo meu violão
Boa música

S O L I D Ã O

Solidão eterna

Solidão que não tem fim...


A bela foto em preto e branco estampada na parede
O velho livro com duas páginas rasgadas
Dois banquinhos na varanda
O seu cantinho na rede
As chaves continuam caídas ao chão
Mudaram as estações

Luciano Santana*

A COR DO PECADO
(Luciano Santana)

Morena
Rosa
Negra
Mulata
A cor do pecado

Falada
Cantada na praça

Vestida de brando
Lindo cabelo colorido


Paulistabucano, amante da poesia e da cidade de Recife, a sonoridade e beleza presentes em suas poesias.É uma honra socializar o trabalho do Luciano Santana, poesia não tem cor, tem sentimento!


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