Por: Rosangela Nascimento
Adentrando na floresta da vida, para uma imersão e busca contínua pelo bem viver. Fechando e abrindo ciclos repletos de amor, e, muitos desconfortos. Pois é diante deles que o crescimento vem. Abrindo mão, mesmo de quem ou o que se ama.
São em diversos relatos sobre essa personagem histórica, brava e destemida que realizo diversas reflexões. Até mesmo sobre as contadas pelos colonizadores, que durante anos me fizeram acreditar que o suicídio era um ato heroico. Dizendo: “Dandara para fugir da escravidão se jogou da pedreira ao abismo”. São inquietações como essas que fazem dos nossos escritos, serem despertos e inquietantes. A morte não é um fim. Sim, um novo começo.
Dandara olha para o firmamento e pede que Nzambi a conduza para outro mundo. Assim, envia um vento forte formando um redemoinho que envolve todo o corpo da guerreira. Que imediatamente vai para o universo espiritual! Ressignificar, é para além de recontar uma história. Humanizar é também devolver a ancestralidade e crenças de um povo.
Manter a ternura, mesmo diante da dor. Não somos apenas as marcas deixadas em nós. Somos muito, muito mais. Rios de amor, mares de melodioso afeto, aconchego até nas tempestades, bravuras onde a justiça nos é negada e o direito silenciado. Isso é presença da sabedoria milenar, pulsante e criativamente cultivada, plantado de forma oral por Griô e Griote de nossas famílias.
Em dois mil e vinte três, Iansã conduziu alguns Mestres e Mestras para o Orun, o panteão africano ganhou uma força para convergir o futuro com igualdade e reparações que dizem “históricas”. Reafirmo meu compromisso comigo mesma, insubmissa e inquieta diante das injustiças sociais. Agradar é transmitir a satisfação. Então, irei demonstrar o prazer pela vida até o dia de me encantar pelos ares em forma de Mariposa Negra provocando Histeria de felicidades nos que atravessaram meu caminho construindo e pavimentando sentimentos de confiança e aprendizados.
Que 2024 venha com muita saúde, paz, harmonia ... Repleto de Axé e Afros Abraços!
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