Hoje
não é um dia comum, acontece o despertar da consciência interior, ou seja, o
que me faz sentir mal?
Estou renascendo!
Fazer da dor
aprendizado, e assim ensinando gente, a ser Gente! É ir de encontro, buscar a
minha identidade, é um mergulho no profundo eu, e reconhece-se, negra, pobre,
desapadrinhada e abusada, pois faço tudo que gosto com carinho, vontade e dedicação sentindo-se importante por saber fazer a diferença na vida de alguém. E como isto incomoda os outros,
que se alimentam e sugam energias.
Se culpar, se cobrar em
exerço, faz um tremendo estrago na nossa vida, pois somos energias e dependemos
de outras energias para seguir em frente! São os medos, as cobranças que
alimentam o poder do outro. Que tem as características que você despreza e que
não quer vê em si, e assim tenta melhorar.
“Conheci alguém que vivenciou algo similar, ao que estou passando, para livrar-se da dor “ela tirou a própria vida”, isto fica ecoando em minha mente, não quero chegar neste estágio, para me sentir aliviada, livre novamente! Observo as pessoas que as cercavam, as mesmas, que me olham com desdém, são as que dizem que fazem educação social no nosso cotidiano, são as que lutam pela igualdade, contra o machismo, homofobia e violências... São as mesmas pessoas!”.
Penso que estas pessoas
não irão mudar por mim, jamais! Mas, eu tenho um compromisso comigo mesma, com
a ética, com a educação do meu estado, com as crianças que estão ao meu
entorno, com os meus amigos que acreditam e confiam no meu fazer. São
justamente esses argumentos que me fortalecem, sou um ser feliz, tristeza não
combina comigo. Já que digo que sou empoderada, serei! Estou e continuarei me
fortalecendo e digo a qualquer mulher não há mal que dure para sempre, vamos
viver um dia após o outro, sempre por etapas. Livrando-se aos poucos dos medos,
das angústias, e uma leveza vai surgindo naturalmente.
O assédio moral, é uma
arma apontada diretamente na cabeça, vai liberando os males da alma, tiram de
você o que você tem de melhor. Aí a autoestima é impelida, a felicidade é
empurrada, a depressão é a companheira mais presente, o que é lamentável. Os
espaços deixam de ser humanizados e acolhedores. Limpar a mente é preciso,
mudar a frequência, pensamentos positivos e felizes!
É muito triste olhar, o
outro sentido prazer em te ver mal, fragilizada, mas ao mesmo tempo isto te faz
perceber que essa pessoa não é digna de tua companhia, de respirar o mesmo ar
que respiras.
O nível de aprendizado
tem sido enorme, quero ser melhor do que fui ontem, e serei! Por que eu quero, já
escolhi o futuro, pois ele foi bem planejado! E como todo planejamento conta
com alguns imprevistos, usarei o plano “B” ou “C”..., mas desistir nunca! A
palavra de ordem é Atitude, com respeito sempre! “Sonhos” aprendendo a
reconstruí-los, acreditando na adolescente rebelde que um dia eu fui, e é com
esse espírito que vou desbravando o mundo, arrancando das minhas costas a
enorme etiqueta/rótulo que foi posta, imposta
por uma mentalidade branca, racista, excludente e perversa que contamina
tudo que toca, tudo que reluz naturalidade em pro de se mesmo!
Minha filha escreveu no
quadro branco na cozinha, “Hoje não é dia de desistir, hoje é para seguir em
frente”, e ainda desenhou uma bonequinha caminhando e sol sorrindo. Como isso
fortalece ter um caminho, saber que alguém quer que você fique bem, esteja em
paz.
Há um poema da escritora Maya Angelou, e é justamente assim que me sinto, sendo apagada, retirada da história, deixando de ser protagonista de espaços e momentos que contribui a construir. Mas, ainda assim eu me levanto, eu me levanto, eu me levanto! http://negrospe.blogspot.com.br/2013/09/ainda-assim-eu-me-levanto.html#.Urg0aNJDvl8
Rosangela
Nascimento
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