BANZO

Foto: Adriana Sales

Por: Rosangela Nascimento

Reflorestar a vida, como? Quando ele chega não quer mais partir! Você fica a dizer, vai embora! E ele insistiu em ficar! Tirando o sono, inquietando e a dizer, não chegou a minha hora de partir menina!

E você a chorar, a lamentar, a protestar aos que querem ver, perceber que ele não larga, insiste em ficar!

Em meio à multidão, como se destacar? Há tantos iguais a você, e você a procurar! Palavras que voam palavras a cantar, simplesmente palavras, onde é que ela está?

Em teu peito amargurado, a resposta ela está! Conforme as ditas palavras procurem e as encontrará. Não subestime o que há em você, não se aprece, um dia ele irá partir sem você perceber!

Refloresta a vida, reflorestar a vida! Liberdade, liberdade, alguém gritou de longe não se sabe onde, apenas uma voz a sussurrar. Igual a gota da água numa folha verde a balançar, a esperança abre caminhos para o amor passar, esse que estava adormecido, e tristonho a ficar. Chega ,chega, gritou o moço ao se aproximar! Não entendo porque tanta tristeza, nesse espaço cheio de amor. Vejo que estais sufocadas, não consegues mais gritar, continue sempre de mansinho e baixinho alguém há de te escutar, nesse momento estou de passagem falou o moço, mas posso voltar! Isto é uma promessa? Não, é uma esperança, para o seu caminhar. Segue em frente menina, que ele irá te deixar, não esqueça as palavras, elas. Só mente elas irão te salvar!

Diante das angústias ela começa a cantar, as águas doces dos rios suas lágrimas irão alimentar, a diáspora aqui, é entre ir ou ficar, os sentimentos mais nobres dentro de cada ser há. Inconscientemente uma pulsão, a melancolia começa a espantar a recatada dor que há.

E você agora irá me deixar? Preciso ir doce menina, és forte, e resistente não me deixe voltar, sou sempre insistente se encontro um bom abrigo, levo você comigo não irás mais voltar! 

Oh! Que alívio vá com Deus e não voltes mais, dizia a menina acenando com os dois braços! E que você vá e não encontre morada, pois sua companhia não me foi agradável, mas aprendi a reflorestar a ressignificar esse mundo perfeito, tranquilo e calmo ele não existe, é pura fantasia, mas a fantasia é alegoria para a vida, me visto todos os dias para a vida celebrar, nada de Banzo nada de tristeza, com o peito retumbante e gigante e um sorriso espetacular, assim disse Adeus ao amigo sem nem pestanejar!

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